Derrubando Mitos: O Que as Pessoas Precisam Saber Sobre Neurodivergência
Combatendo estereótipos e promovendo inclusão
Alan Ochotorena / Levi Ochotorena
8/2/20242 min read


A neurodivergência ainda é um tema cercado de equívocos e estereótipos que dificultam a inclusão e o respeito às diferenças. Muitas pessoas acreditam que autistas, TDAHs, disléxicos e outras pessoas neurodivergentes são "menos capazes" ou que precisam se encaixar em padrões neurotípicos para terem sucesso. A verdade, no entanto, é bem diferente.
Neste artigo, vamos desmistificar algumas crenças comuns e apresentar uma visão mais realista sobre o que significa ser neurodivergente.
Mito 1: Neurodivergência é uma doença ou um problema a ser corrigido
🔹 Realidade: Neurodivergência não é uma falha nem uma doença a ser curada. É uma variação natural da cognição humana, assim como a diversidade de altura, cor dos olhos ou talentos individuais. Embora algumas neurodivergências possam trazer desafios, elas também oferecem formas únicas de pensar e perceber o mundo.
Mito 2: Todas as pessoas neurodivergentes são iguais
🔹 Realidade: A neurodivergência é um espectro vasto. Mesmo dentro de uma mesma condição, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou o TDAH, cada indivíduo tem suas próprias características, dificuldades e pontos fortes. Generalizar é um erro comum que pode reforçar preconceitos.
Mito 3: Pessoas neurodivergentes não podem ser independentes ou bem-sucedidas
🔹 Realidade: Muitas pessoas neurodivergentes têm carreiras brilhantes, empreendem, formam famílias e se destacam em diversas áreas. Sucesso não significa seguir um único caminho, mas sim encontrar formas de adaptar a vida às próprias necessidades e potenciais.
Mito 4: Neurodivergentes não têm empatia ou habilidades sociais
🔹 Realidade: A ideia de que autistas não sentem empatia, por exemplo, é um dos mitos mais prejudiciais. Muitas pessoas neurodivergentes sentem emoções intensamente, mas podem expressá-las de formas diferentes. Além disso, dificuldades de comunicação não significam falta de desejo por conexão.
Mito 5: Adaptações para neurodivergentes são privilégios, não necessidades
🔹 Realidade: Acessibilidade não é um favor, é um direito. Ferramentas como legendas, ambientes menos sensoriais ou flexibilidade no trabalho e nos estudos não são privilégios, mas formas de garantir equidade. Pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença na inclusão e no bem-estar.
Mito 6: Ser neurodivergente significa ter apenas desafios, sem vantagens
🔹 Realidade: Neurodivergentes costumam apresentar habilidades notáveis em diferentes áreas, como criatividade, hiperfoco, pensamento inovador, sensibilidade apurada e solução de problemas complexos. Entender esses potenciais é essencial para valorizar suas contribuições na sociedade.
Como promover a inclusão na prática?
✅ Evite generalizações e procure entender cada pessoa como única.
✅ Adapte a comunicação para tornar conversas mais acessíveis.
✅ Ofereça suporte sem infantilizar ou menosprezar as dificuldades.
✅ Incentive ambientes que respeitem diferentes formas de pensar e agir.
Derrubar mitos sobre a neurodivergência é um passo essencial para construir uma sociedade mais justa e inclusiva. Quanto mais informação correta circulamos, menos espaço damos para preconceitos e desinformação.
📢 E você? Já enfrentou algum desses mitos? Compartilhe nos comentários sua experiência!